Por ser uma cópia de jornal, a sua qualidade não é a melhor. Mas não deixa de ser um documento curioso e importante, pelo menos aqui para o blogue.
(Fotografia de autor desconhecido)
(Homenagem ao Homem, ao Escritor e ao Desportista, na passagem do Centenário do seu Nascimento - e enquanto fizer sentido...)
Por ser uma cópia de jornal, a sua qualidade não é a melhor. Mas não deixa de ser um documento curioso e importante, pelo menos aqui para o blogue.
(Fotografia de autor desconhecido)
O historiador Alexandre M. Flores não se limitou a fazer apenas a apresentação da obra e a recordar o autor. Após a sua intervenção convidou uma boa parte dos presentes, que conheceram e conviveram com o escritor almadense, a partilhar um episódio ou uma história que tivessem vivido com Romeu, com todos os presentes.
Foi um excelente momento cultural, e provavelmente, a melhor homenagem que se poderia fazer a um contador de histórias único, no panorama do Concelho de Almada.
Enquanto ia ouvindo os testemunhos, comecei a pensar que Romeu Correia foi muito mais importante do que poderá parecer. Há centenas de pessoas (para não dizer milhares...) que gostam de livros graças ao escritor e dramaturgo de Almada. Eu, por exemplo, não tenho qualquer dúvida que foi ele me abriu as portas da cultura almadense e me despertou o interesse pela história local. Foi mais ou menos isso que disse no meu testemunho, além de ter contado a forma como nos conhecemos e tornámos amigos.»
(transcrição da publicação de ontem do blogue "Largo da Memória")
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Tudo isto porque um dos meus amigos me disse, com alguma lata: «Aquilo parece-se tudo menos com o Romeu. Pode ser qualquer careca, que não rape o cabelo na totalidade.» Além de sorrir fiquei a pensar que tinha de "ver para crer" (sou muito como S. Tomé)...
E o que encontrei nos jardins foi um busto demasiado grande e um pouco desproporcionado, diga-se de passagem.
Ao contrário do meu amigo encontrei parecenças com o grande escritor de Almada, mas na minha opinião está longe de ser um trabalho perfeito.
Mas o que mais me "chocou" foi a Obra de Arte estar colocada na relva, sem qualquer base de apoio. Penso que se tivesse uma base (como todos os outros bustos colocados naquela parte do jardim), ficaria mais "normal"...
Mas é o Romeu que está ali. Sem qualquer dúvida.
Não faço ideia porque razão foi colocado nos jardins deste Museu e não em Almada. Mas isso já são "contas de outro rosário"...
(texto publicado inicialmente no "Casario do Ginjal")
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Felizmente andava pela Feira um Poeta, amante de livros, que ainda teve o prazer de conhecer Romeu Correia e não perdeu a oportunidade de agarrar este "Tritão", que se afastara do Tejo e do Ginjal, por alguns momentos...
«As raparigas que o nosso teatro dispõe,
são demasiado jovens para fazer determinados papéis. Um sonho antigo é o de
representar Romeu Correia. Porém, esse sonho não se poderá caracterizar
exactamente por falta desses elementos. As “nossas actrizes” só poderão fazer
esses papéis daqui a uns vinte anos…»
Felizmente, nos nossos dias qualquer actriz, mesmo jovem, bem caracterizada, pode fazer um papel nas peças do Romeu sem ter de esperar vinte anos...
A história que ele conta tem como título, "A Tampa do Bule". Tudo indica que é autobiográfica, que aborda a separação do pai e da mãe, onde a figura central é o António, um menino de sete anos, cuja idade faz com que os adultos tentem que ele passe um pouco ao lado de todo aquele drama...
Mais uma bela surpresa, descoberta por aí...»
(Texto publicado inicialmente no "Casario do Ginjal")
Visita Guiada
a visita começou em
Cacilhas
a bonita terra dos
“orelhudos”
e de tantas outras
maravilhas
que não davam espaço a
sisudos
com a tua arte de contador
de histórias
falaste do Arrobas, do
Elias Garcia
e de tanta gente de
felizes memórias
utilizando alguns pós
de fantasia
depois vieram os
lugares mágicos
que não trouxeram
apenas encanto
focaste os
acontecimentos trágicos
salvos por um ou outro
“santo”
quando abriste a porta
dos restaurantes
sentimos o aroma das
belas caldeiradas
convocaste mais
personagens apaixonantes
que na tua voz se
tornaram encantadas
depois caminhámos em
direcção ao “Rio-Mar”
era ali que começava e
acabava o Ginjal
com tantas aventuras
para contar
e quase sem darmos por
isso, estávamos no Ponto Final.
Luís [Alves] Milheiro
(A minha homenagem a Romeu Correia e a Mártio neste Dia Mundial da Poesia. O Romeu, por ter sido o meu primeiro guia de Almada. O Mártio por nos ter retratado tão bem nesta sua aguarela, que foi capa deste meu livro...)
«Nos anos em que ando mais envolvido com projectos literários, leio menos.
O mais curioso, é esta quase pausa, começar logo em Janeiro, mesmo que no começo do ano ainda tenha bastante disponibilidade para ler.
Este mês pensei que talvez seja possível "fintar" esta quase paragem com a escolha de livros mais pequenos e interessantes... A minha primeira escolha foi a peça de teatro "Uma Sereia Chamada Ermelinda", da autoria de Alexandre Castanheira (lida em dois "actos"...). O mais curioso, foi ter assistido à peça em 2011 (ano da edição do livrinho que me foi oferecido pelo autor...), que se baseava no romance autobiográfico, "Cais do Ginjal", de Romeu Correia, encenada pela Associação Manuel da Fonseca, e nunca a ter lido.
Gostei de ler a peça, porque Alexandre Castanheira não se cinge ao "Cais do Ginjal" (pelo menos foi o que senti...), há por ali pequenas coisas dos "Tanoeiros", do "Tritão" e até de obras biográficas, como a história de vida de Armando Arrobas, que Romeu quase imortalizou.
E tem também uma forte componente de resistência e consciencialização política, através da Ermelinda, que é muito mais que uma "sereia"...
Foi bom reviver lugares e personagens (dentro e fora dos livros), numa obra que tem uma dedicatória muito singular e pessoal...»
(Alexandre era um grande amigo de Romeu e esta peça, acaba por ser mais uma das várias homenagens que lhe fez...)