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domingo, 31 de março de 2024

Fotografias Curiosas de Romeu...


Descobrimos no "Jornal de Almada" (Outubro de 1970), esta fotografia, em que Romeu Correia surge na companhia de dois outros grandes escritores, Ferreira de Castro e Mário Domingues.

Por ser uma cópia de jornal, a sua qualidade não é a melhor. Mas não deixa de ser um documento curioso e importante, pelo menos aqui para o blogue.

(Fotografia de autor desconhecido)


sábado, 29 de abril de 2023

"A Descoberta de um Conto do Romeu de 1951..."


«Não fazia ideia que o Romeu Correia tinha participado numa pequena antologia de contos (com Fernando Namora, Antunes da Silva, Alberto Pimentel), no já longínquo ano de 1951, da Colecção Horizonte. É também oferecida juntamente com os contos uma pequena litografia de Manuel Ribeiro de Pavia (ainda em bom estado, tal como o livro que não ultrapassa as sessenta páginas.

A história que ele conta tem como título, "A Tampa do Bule". Tudo indica que é autobiográfica, que aborda a separação do pai e da mãe, onde a figura central é o António, um menino de sete anos, cuja idade faz com que os adultos tentem que ele passe um pouco ao lado de todo aquele drama...

Mais uma bela surpresa, descoberta por aí...»


(Texto publicado inicialmente no "Casario do Ginjal")



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

"Uma Sereia Chamada Ermelinda"


Este texto publicado no "Largo da Memória" e no "Casario do Ginjal" é muito "Romeu Correia" e por essa razão, faz todo o sentido que também apareça aqui. 

«Nos anos em que ando mais envolvido com projectos literários, leio menos.

O mais curioso, é esta quase pausa, começar logo em Janeiro, mesmo que no começo do ano ainda tenha bastante disponibilidade para ler.

Este mês pensei que talvez seja possível "fintar" esta quase paragem com a escolha de livros mais pequenos e interessantes... A minha primeira escolha foi a peça de teatro "Uma Sereia Chamada Ermelinda", da autoria de Alexandre Castanheira (lida em dois "actos"...). O mais curioso, foi ter assistido à peça em 2011 (ano da edição do livrinho que me foi oferecido pelo autor...), que se baseava no romance autobiográfico, "Cais do Ginjal", de Romeu Correia, encenada pela Associação Manuel da Fonseca, e nunca a ter lido.

Gostei de ler a peça, porque Alexandre Castanheira não se cinge ao "Cais do Ginjal" (pelo menos foi o que senti...), há por ali pequenas coisas dos "Tanoeiros", do "Tritão" e até de obras biográficas, como a história de vida de Armando Arrobas, que Romeu quase imortalizou.

E tem também uma forte componente de resistência e consciencialização política, através da Ermelinda, que é muito mais que uma "sereia"...

Foi bom reviver lugares e personagens (dentro e fora dos livros), numa obra que tem uma dedicatória muito singular e pessoal...»

(Alexandre era um grande amigo de Romeu e esta peça, acaba por ser mais uma das várias homenagens que lhe fez...)


segunda-feira, 20 de junho de 2022

Quando Romeu Correia Fez Setenta Anos (04)


Uma das iniciativas mais importantes que se realizaram na passagem do 70.º aniversário de Romeu Correia, foi o descerramento de uma placa em sua homenagem junto à entrada da casa onde o escritor cacilhense nasceu.

(Fotografia de Luís Eme - a casa onde nasceu Romeu, antes de se terem realizadas obras de beneficiação)


terça-feira, 14 de junho de 2022

Quando Romeu Correia Fez Setenta Anos (03)


Descobrimos recentemente dois boletins locais, que festejam o 70.º aniversário de Romeu Correia, ou seja, são de 1987.

Esta primeira capa é do boletim da Junta de Freguesia de Cacilhas, que festejou da melhor maneira o aniversário de este seu filho, nascido em Cacilhas.


quinta-feira, 19 de maio de 2022

Leitura Encenada do "Sábado sem Sol"


A Universidade Senior D. Sancho I  tem patente na Oficina de Cultura de Almada a "Expoarte", que além da exposição artística, organiza várias actividades complementares. 

Uma delas é a leitura encenada de dois contos de Romeu Correia do livro, "Sábado sem Sol", que se realiza hoje, 19 de Maio, às 15 horas.

Nota: Felizmente acabamos por ter conhecimento por terceiras pessoas destes eventos, e como é óbvio, temos todo o gosto em divulgá-los no blogue do Romeu.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Romeu e "Os Tanoeiros" Recordados na "Tertúlia do Bacalhau com Grão"


Na passada segunda-feira, foi a vez de Romeu Correia ser recordado no Restaurante Olivença, pela "Tertúlia do Bacalhau com Grão".

Aproveitou-se a presença de familiares para se falar desta grande figura da literatura e da história local, tal como a proximidade do seu aniversário, juntando também outros aniversariantes conhecidos, que também nasceram a 17 de Novembro, mas em anos diferentes.

Deu-se depois um relevo especial ao seu livro "Os Tanoeiros", porque o pai do Mário fez parte da Cooperativa de Tanoeiros, que existiu no Ginjal, que foi de tal forma inovadora, que começou a assustar os donos dos armazéns de vinho locais, que não tiveram qualquer problema em mandar vir pipas da zona do Porto... para destruir aquele sonho bonito dos operários almadenses desta arte. E conseguiram, claro.

Toda esta aventura está muito bem documentada no romance do Romeu, que começou por ser "Gandaia", porque não lhe autorizaram que se chamasse "Os Tanoeiros". 

Só depois da Revolução de Abril é que voltou a ter o seu verdadeiro título, numa nova edição.

Pois é, hoje o Romeu faz 104 anos. E sabe bem recordar a vida deste extraordinário contador de histórias.


quarta-feira, 15 de setembro de 2021

"Romeu e as Suas Memórias do Ginjal"


«Passei os primeiros vinte anos da minha vida no Cais do Ginjal, aprendi desde muito cedo a nadar no Tejo, que ainda estava habitado por muitos peixes... e havia o folclore único dos golfinhos. Estou a falar de uma época em que tanto no cais como no rio havia muita vida, uma vez que o Ginjal estava cheio de fábricas e armazéns, donde se destacavam as tanoarias e as fábricas de conserva de peixe.»

[In "Gente D'Almada", Romeu Correia o Escritor e o Desportista", entrevista de Luís Alves Milheiro]

(texto publicado inicialmente no blogue "Olhar (e amar) o Tejo", a 30 de Junho de 2021)

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Quando Romeu Correia Fez 70 anos (2)


A Junta de Freguesia de Cacilhas também quis homenagear o escritor Romeu Correia, natural da localidade ribeirinha, na passagem do seu 70.º aniversário e descerrou uma placa na casa onde nasceu...


terça-feira, 17 de novembro de 2020

Quando Romeu Fez Setenta Anos... (1)


Almada homenageou Romeu Correia na passagem dos seus 70 anos, com a edição de uma biografia sua (da autoria de Alexandre M. Flores) e de um disco com poemas da sua autoria (de Luísa Basto e Romeu Correia).


Descobrimos recentemente o folheto da festa, ilustrado com uma aguarela de Cacilhas, de Carlos Canhão.


terça-feira, 6 de outubro de 2020

Amália e Romeu Encontraram-se nos Palcos


Neste ano em que se comemora o centenário do nascimento de Amália Rodrigues, o nome maior do fado e da canção portuguesa (e que nos deixou a 6 de Outubro),  é importante recordar que a 8 de Novembro de 1958, a RTP transmitiu a peça de Romeu Correia, "Céu da Minha Rua", que teve como protagonistas Amália Rodrigues e Varela Silva (à época seu cunhado...).

Foi um encontro memorável de Romeu Correia com Amália nos palcos, num tempo em que a televisão transmitia peças de teatro...

(Fotografia de autor desconhecido)

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Um Livro por Mês (5)


Depois da representação da peça "Casaco de Fogo", no Teatro Nacional Dona Maria II, em 1953, descrita e apreciada graças ao  seu simbolismo expressivo, à forma como descreve a vida nos bairros pobres, algo que era comum em praticamente todos os meios urbanos.

Foi por isso natural que esta peça fosse editada algum tempo depois (1956), enriquecendo a bibliografia de Romeu Correia.

(Embora esta rúbrica se chame "Um Livro por Mês", a sua periodicidade é variável, como já perceberam)


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Um Testemunho Especial...


Romeu Correia foi um grande amigo de Henrique Mota, o historiador do desporto almadense, que nasceu há quase 100 anos e no blogue que festeja esta efeméride, foi publicado o testemunho e a imagem que publicamos aqui no blogue.


«Meu caro Henrique Mota, este teu livro fica incompleto sem a tua biografia desportiva, pois tu foste, sem contestação possível, uma figura cimeira do desporto almadenses de sempre. O treinador entusiasta de várias modalidade, o tenaz propagandista da cultura física, o dirigente, o carola, que custeou do seu próprio bolso numerosas iniciativas e, para além disto o excelente atleta que todos admiramos, não pode estar ausente desta obra. A colectânea de biografias desportivas ficaria imperdoavelmente mutilada sem a tua justa presença real. Peço-te pois, em nome da verdade que todo o atleta deve defender, que ela seja inserida num posfácio. Valeu?
Teu velho amigo e companheiro de mil tarefas, que te abraça com a maior admiração e ternura.»


segunda-feira, 20 de julho de 2020

A Peça "Casaco de Fogo" no Teatro D. Maria II


A 16 de Dezembro de 1953 foi estreada no Teatro D. Maria II a peça "Casaco de Fogo", da autoria de Romeu Correia.


A peça foi encenada por Pedro Lemos e teve como  protagonistas Carmen Dolores, Aura Abrantes, Augusto Figueiredo, Luís Filipe, Álvaro Benamor, Jacinto Ramos e Lurdes Norberto.

(Imagens cedidas por José do Carmo Francisco)

sábado, 20 de junho de 2020

Um Livro por Mês (4)


"Gandaia" é o terceiro romance de Romeu Correia e o seu quarto livro, publicado em 1952.
É uma obra que aborda de uma forma muito realista a vida difícil dos tanoeiros do Ginjal, que num misto de sonho e de inocência ergueram uma cooperativa de tanoeiros, que como era de prever, teve vida curta, graças ao boicote dos "patrões", que preferiam mandar fazer as suas pipas no Norte, a fazer negócios com os cooperantes...
Romeu Correia descreve muito bem todos os dramas que estes operários passaram, sem se esquecer de situar a história no quotidiano da então Vila de Almada.
Só depois do 25 de Abril é que Romeu Correia pode dar o nome que tinha escolhido inicialmente para esta obra: "Os Tanoeiros".

domingo, 17 de maio de 2020

Romeu e o Ginásio Clube do Sul "Centenário"


No dia em que se comemora o centenário do Ginásio Clube do Sul, o clube desportivo mais representativo de Cacilhas, vamos recordar algumas palavras de Romeu Correia, que transcrevemos de uma fotocópia de um jornal (penso que será do "Jornal de Almada"), que não está datada, mas que acabámos por conseguir "datá-la", pela sua temática (realização inédita do Sarau anual do Ginásio no Pavilhão dos Desportos de Lisboa, hoje Pavilhão Carlos Lopes, com cerca de 600 atletas ginasistas, em "protesto" por não existir um único pavilhão polidesportivo no Concelho de Almada, que se realizou a 9 de Junho de 1972...).

Romeu disse:

«Não há dúvida de que são outros tempos! E também o deveriam ser para o Ginásio Clube do Sul, não é verdade? Pois esta benemérita colectividade de Cacilhas é, hoje... um centro desportivo atrofiado, sem horizontes, cuja massa associativa e atlética se move numas instalações anacrónicas (instalações que poderiam servir em 1920, mas nunca em 1972).»

Romeu faz ainda a seguinte pergunta:

A Vila de Almada cresce, cresce todos os dias - e o Ginásio Clube do Sul não pode crescer... Porquê?»

Claro que está aqui implícita uma crítica ao Município, que prometeu durante anos e anos a oferta de um terreno para a construção do tão sonhado pavilhão, que só seria construído e inaugurado nos anos noventa do século passado...

Esta jornada foi histórica, com a comitiva do Ginásio (atletas, treinadores, dirigentes, associados e simpatizantes a viajarem de Cacilheiro para Lisboa e depois a subirem a Avenida da Liberdade, em direcção ao Pavilhão, no Parque Eduardo VII...

Romeu Correia, sócio honorário do Clube, foi o porta-estandarte do Ginásio, como se pode comprovar pela fotografia tirada no interior do Pavilhão, durante o cerimonial de abertura do Sarau.

E parabéns, Ginásio!

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Um Livro por Mês (3)


"Calamento" foi a terceira obra publicada por Romeu Correia, em 1950, e talvez a que se aproxime mais do neorealismo.

Romeu para a escrever, esteve mesmo a viver na Costa de Caparica com pescadores e familiares, tentando depois recriar o seu dia-a-dia. O mais curioso foi ele ter decidido usar os mesmos termos usados pela gente do mar, na conversação, enriquecendo muito este livro, o que faz dele algo úníco no seu universo literário e até mesmo na nossa literatura.

O crítico João Gaspar Simões escreveu o seguinte: 

«Que belas páginas as páginas deste livro onde o rude pescador e a bárbara aparadeira da Costa de Caparica, dessas paragens às portas de Lisboa - o mais civilizado centro urbano da nossa Pátria! - se recortam em toda a rude impulsividade das suas naturezas brutas como as ondas do mar e as rochas da praia!»

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Um Livro por Mês (1)


Foi-me sugerido, falar dos livros de Romeu Correia aqui no blogue. Embora tenha ido falando dos seus livros, acho que nunca me foquei apenas na sua obra literária.

Esta ideia acaba por ser positiva, por que faz com que mantenha o blogue mais activo, ou seja, graças aos seus livros, acabo por publicar um texto (por muito pequeno que seja) por mês.

Vou começar pelo seu livro inicial, "Sábado sem Sol", uma colectânea dos seus primeiros contos que ele e os amigos acharam publicáveis.

Devo realçar que a grande publicidade a este livro foi feita pela PIDE, que ao apreender a obra (visitou livrarias e bibliotecas populares...), despertou ainda uma maior curiosidade nos leitores.

Eis a opinião de João Madeira, publicada na revista "História", de Dezembro de 2002.

«Foi esse intenso universo de trabalho, que o escritor Romeu Correia convocaria a contos de Sábado Sem Sol, de 1947, ou o romance Os Tanoeiros, de 1952, ambos implacavelmente proibidos pela censura. Quando reeditados, pouco depois do 25 de Abril, já os ritmos do Ginjal eram outros, soçobrando face às importantes mudanças das décadas de sessenta e setenta, impondo-se na estrutura e nos sectores produtivos aí implantados.»
                                                                 

sábado, 14 de julho de 2018

O Número Três do Fanzine "romeo" já anda por aí...


Já anda por aí o número três do "romeo" (fanzine quase literário de Almada), com o título: "romeu correia, um académico verdadeiramente incrível".

Ao longo das suas páginas é possível perceber o quanto Romeu admirou a Incrível Almadense, apesar de ter sido Académico (simpatizante, sócio e  dirigente da Academia Almadense... a grande rival).