quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Romeu e "Os Tanoeiros" Recordados na "Tertúlia do Bacalhau com Grão"


Na passada segunda-feira, foi a vez de Romeu Correia ser recordado no Restaurante Olivença, pela "Tertúlia do Bacalhau com Grão".

Aproveitou-se a presença de familiares para se falar desta grande figura da literatura e da história local, tal como a proximidade do seu aniversário, juntando também outros aniversariantes conhecidos, que também nasceram a 17 de Novembro, mas em anos diferentes.

Deu-se depois um relevo especial ao seu livro "Os Tanoeiros", porque o pai do Mário fez parte da Cooperativa de Tanoeiros, que existiu no Ginjal, que foi de tal forma inovadora, que começou a assustar os donos dos armazéns de vinho locais, que não tiveram qualquer problema em mandar vir pipas da zona do Porto... para destruir aquele sonho bonito dos operários almadenses desta arte. E conseguiram, claro.

Toda esta aventura está muito bem documentada no romance do Romeu, que começou por ser "Gandaia", porque não lhe autorizaram que se chamasse "Os Tanoeiros". 

Só depois da Revolução de Abril é que voltou a ter o seu verdadeiro título, numa nova edição.

Pois é, hoje o Romeu faz 104 anos. E sabe bem recordar a vida deste extraordinário contador de histórias.


quarta-feira, 15 de setembro de 2021

"Romeu e as Suas Memórias do Ginjal"


«Passei os primeiros vinte anos da minha vida no Cais do Ginjal, aprendi desde muito cedo a nadar no Tejo, que ainda estava habitado por muitos peixes... e havia o folclore único dos golfinhos. Estou a falar de uma época em que tanto no cais como no rio havia muita vida, uma vez que o Ginjal estava cheio de fábricas e armazéns, donde se destacavam as tanoarias e as fábricas de conserva de peixe.»

[In "Gente D'Almada", Romeu Correia o Escritor e o Desportista", entrevista de Luís Alves Milheiro]

(texto publicado inicialmente no blogue "Olhar (e amar) o Tejo", a 30 de Junho de 2021)

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


terça-feira, 16 de março de 2021

Romeu "Dentro de Outros Livros"...



António Cagica Rapaz, escritor de Sesimbra, que também foi profissional de futebol (ainda jogou na Académica e no Belenenses...) - além de colaborador da imprensa desportiva e da rádio -, era primo de Almerinda Correia, também ela, natural de Sesimbra.

Num dos seus livros de contos, "Janela com Escritos" fala de Almerinda e de Romeu (em "A Morte do Super-Homem"), que transcrevemos com a devida vénia:

«Eu sabia, vagamente, que uma das primas era atleta do Belenenses e tinha um marido campeão de boxe. Porém, eu era demasiado novo para apreciar o convívio com essa prima, a Almerinda e, sobretudo, como o marido-pugilista que, mais tarde, aprendi a apreciar pelo seu carácter e pelas fortes convicções políticas, afirmadas num tempo em que era preciso ter muita coragem para se ser comunista. Mas vim a saber que, à noite, após o trabalho do banco, na Baixa, escrevia peças de teatro, contos e romances, tendo acabado por se tornar um escritor famoso, já que um Homem admirável foi sempre. Romeu Correia é o nome desse primo por afinidade que mal conheci, com grande pena minha...»


sábado, 20 de fevereiro de 2021

O Novo "Cais do Ginjal" de Romeu


Foi uma boa surpresa sabermos que a obra (esgotada) de Romeu Correia vai ser reeditada pelas Edições Colibri, com o apoio da Câmara Municipal de Almada.

Tudo isto graças à Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo de Vila Franca de Xira,  que não baixou os braços, nem desistiu do objectivo, até conseguir o apoio necessário do Município Almadense, que deve ter percebido que só tinha a ganhar, ao associar-se a este projecto.

E o primeiro número já se encontra à venda e tem uma bonita capa.