No ano em que Romeu faria 90 anos (2007), escrevemos este poema:
Regresso ao Ginjal
Mesmo com o Sábado
Sem Sol,
Não escondeu a emoção,
No regresso ao Cais
do Ginjal...
Saiu do Alfa-Romeo
E deu Um Passo em
Frente,
Com as mãos escondidas
No Casaco de Fogo.
Assim que espreitou o
Ginjal
Recordou quase tudo,
De uma infância livre e
feliz:
Dos primeiros jogos do Desporto-Rei,
Dos passeios de Jangada
pelo rio,
Dos espectáculos de Bonecos
de Luz,
Das oficinas dos Tanoeiros,
E claro, dos primeiros
amores...
Sim, lembrou-se da Roberta,
Mas principalmente da Laurinda,
O seu Amor de
Perdição,
A quem chamava: «O
Céu da Minha Rua».
Mas também se lembrou de
outras
Personagens
inesquecíveis.
Era impossível esquecer
O José Bento Pessoa,
Fadista do Trapo Azul
E contador de histórias
do Bocage
Ou o Jorge Vieira,
conhecido
Como o Vagabundo das
Mãos de Ouro,
Por transformar qualquer
objecto perdido,
Numa obra de arte.
Os olhos estavam mais
brilhantes
Que nunca, neste
regresso a casa,
Cansado da sua vida de
Andarilho das Sete
Partidas...
Luís [Alves] Milheiro
Viajámos por alguns títulos e lugares, e nem faltou um "Alfa-Romeo"...
(Fotografia de autor desconhecido)
Gostei do poema mas acho a escolha da fotografia de quase mau gosto.
ResponderEliminarRui Marques