«[...] Voltando ao
jornalismo e à página que tinha no “Record” aos domingos (“Contraponto”), que
me levou ao “Repuxo” (outro lugar especial, que merecerá um capítulo deste
caderno e onde até então só entrara meia-dúzia de vezes, por pequenos “acasos”,
como a proximidade da minha casa…), ao encontro de uma pessoa especial, o Henrique
Mota, que não só me recebeu de braços abertos como se ofereceu para ser o meu
segundo cicerone de Almada (depois de Romeu Correia, que também conhecera
graças ao jornalismo e ao “Record”…).
Se com o Romeu
andava mais dentro dos livros, dos teatros da vida e dos lugares mágicos, com o
Henrique descobri a cidade povoada de pessoas vulgares, onde tudo funcionava de
uma forma mais simples e aberta, quando a comparava com outros lugares, como a
minha cidade da infância e adolescência.
E se foi bom
descobrir uma empatia tão singular, em ambos os casos - o que fez com que não
nos perdêssemos de vista até ambos partirem para o lado de lá -, sei também que
a Almada do Henrique era mais autêntica. O que perdia em magia, ganhava em
vida. [...]»
(Transcrição do primeiro capítulo, "Um Feliz Acaso no Começo de Tudo...")
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