José Correia, avô paterno do Romeu, foi a figura masculina mais importante na sua infância e adolescência (já que seu pai primou pela ausência...). Provavelmente foi o vazio que o filho deixou que fez com que ele tivesse um papel fundamental na educação do neto.
Isso explica que o seu falecimento (12 de Janeiro de 1930) após um acidente nos armazéns Teotónio Pereira, de vinho e azeites, onde era encarregado, tenha marcado tanto Romeu Correia.
Recorremos mais uma vez a um dos seus livros autobiográficos ("O Tritão", página 12), para exemplificar a admiração e orgulho de Romeu no avô:
[...] «O meu avô – José Henrique Correia, de
seu nome completo – sabia de tudo um pouco. Sabia de coisas remotas que os
velhos livros narram, dedilhava instrumentos de corda, era bom jogador de
bilhar e de cartas, entendia de toda a sorte de mistérios da Natureza, tais
como os movimentos dos astros, os elipses, a razão do vaivém das marés, as
estações do ano que prodigalizam a vinda de certos pássaros, e peixes, e
frutos, e flores…» [...]
(Fotografia de autor desconhecido - do carregamento de uma embarcação com pipas de vinho dos armazéns Teotónio Pereira)
Um facto curioso,cheguei a fazer esse trabalho de carregamento de vinho para a fragata,depois embarcava-mos na mesma, com destino Xabrega- Poço do Bispo,para aí transferir os barris de vinho para bordo dos bacalhoeiros,pertencentes à Sociedade Nacional dos Armadores Bacalhau. Nessa travessia,muita coisa acontecia a bordo da fragata!!!
ResponderEliminar