quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Crescer na Companhia do Tejo, o melhor rio do Mundo...


Crescer no Ginjal fez com que Romeu Correia ficasse ligado ao Tejo para todo o sempre.

Foi ali que se habituou a ver a beleza das fragatas e de outros veleiros do rio, sempre de um lado para o outro, que assistiu à dança dos golfinhos, e mais importante ainda, que aprendeu a nadar junto dos outros rapazolas que se aventuravam com as primeiras braçadas, naquela quase piscina natural, protegidos pelo olhar atento dos mais velhos...

No Verão era um corrupio de gente a mergulhar nas águas do rio, como podemos vislumbrar através desta transcrição do "Cais do Ginjal" (página 73):

[...] «De manhã e de tarde o Cais do Ginjal era visitado por bandos de fedelhos que invadiam as muralhas e as praias. Os mais pitorrinhas punham-se em pelo, trazendo os mais espigadotes as ceroulas ou um trapo a ocultar o sexo. Também os trabalhadores dos armazéns e das tanoarias não recusavam, no fim da labuta, o salto para o rio, onde exibiam os mergulhos e as braçadas.» [...]

(Fotografia Luís Eme)

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