A aproximação ao mundo da Cultura e aos livros foi o maior incentivo que Romeu poderia ter para escrever, escrever, até à publicação... O que aconteceria em 1947, com a edição do seu livro de contos, "Sábado sem Sol", edição apoiada pelas Bibliotecas da Academia e Incrível Almadense (para quem reverteu parte das receitas...).
Romeu explica muito bem tudo o que aconteceu nesta sua estreia literária, no seu texto de abertura da segunda edição de 1975, "Algumas Linhas Livres" (página nove):
«Data dos fins de 1945 a minha crescente
necessidade de passar ao papel várias histórias e figuras que povoavam o meu
pequeno mundo. Testemunhar os problemas sociais, os conflitos de classe, os
dramas humanos, revelando e condenando o mundo injusto e contraditório que nos
rodeia e oprime, é a função primeira do contador de histórias. Foi o que fiz.
Com alguma ficção para não irritar os patrícios, distanciei-me dos primitivos
modelos utilizados, concluindo o meu livro no ano seguinte.»
Sem comentários:
Enviar um comentário