Romeu Correia ainda nos anos 1930 descobre a sua vocação como contador de histórias, ao mesmo tempo que pisa os palcos pela primeira vez, como actor, e escreve os seus primeiros diálogos, primeiro para as cégadas do carnaval e depois para pequenas dramaturgias.
Romeu explica isso muito bem no texto que apresenta e explica o "Sábado sem Sol" ("Algumas Linhas Breves", página 7), na sua 2.ª edição, refundida, editada em 1975, que transcrevemos:
«Ligado à geração de jovens almadenses
entusiastas pela cultura física e pela prática do atletismo, descobrira,
entretanto, uma nova prenda: vocação para contador de histórias. Anos antes, em
1938, havia tentado o teatro, pelo Carnaval, na Academia de Instrução e Recreio
Familiar Almadense, de que em 1895, meu avô paterno, José Henrique Correia,
fora um dos sócios fundadores. No Outono de 40, Manuel Araújo, talentoso amador
dramático, havia posto sobre as tábuas do palco um drama meu, aliás muito
aristotélico, intitulado “Razão”, que provocara na plateia familiar desse tempo
uma grande efusão de lágrimas e palmas.»
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